23 de fevereiro de 2003

Da série: antropólogos de final de semana

Só para não passar em branco.

Uma coisa que considero realmente esquisita sobre as pessoas em geral, é que por mais que você goste de alguém, delicie-se em conversar com um amigo(a), fica contente só com o fato de ter visto aquela pessoa simpática e ter trocado meia dúzia de palavras com ela aquele dia, ainda assim, criamos diversas entraves para que o encontro de fato possa acontecer.

Sempre há de se arranjar uma desculpa, um motivo social para poder travar um simples diálogo com um amigo. Há de acontecer uma festa, uma pizzaria, uma reunião, uma ida ao cinema, algum tipo de compromisso formal para que o encontro se realize. Nisso tudo, acaba-se nem conversando tudo o que era pretendido.

Parece cafona chegar e dizer: "ei fulano, vamos sentar amanhã lá no banquinho da faculdade, debaixo daquela árvore perto da cantina e trocar umas idéias", ou "vamos nos encontrar numa esquina da sua rua e ir conversando até o seu trabalho".

Acho que quanto mais precisamos do contato simples e direto, mais artifícios somos levados a criar para evitar o cara-a-cara por um tempo prolongado.

Estou longe de entender, mas sou levada a pensar que gente é um bicho meio estranho.

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