Mamãe era realmente sábia (graças a Deus ainda é). Incrível essas mães... desde cedo elas sabiam. Sabiam que não cheirava bem essa história de ficar prostrado em frente àquela tela por muito tempo. Mas parece que o conselho delas não foi muito frutífero. Não demos ouvidos. Não fomos safos o suficiente para admitir que não era apenas encheção de mãe. Era o oráculo da sabedoria.
Aqui estamos nós, geração incubada pelas imagens. Mal passamos pela cultura do livro, e já caímos de cabeça na cultura visual. Enquanto os signos da escrita precisam de decodificação e interpretação, para ver a imagem basta não ser cego (frase de Giovanni Sartori, no seu livrinho muito gostoso de ler, Homo Videns da Edusc, Bauru-SP).
Fico meio preocupada com essas coisas. Não é assustador como consideramos diversão simplesmente "desligar" o cérebro por alguns ou muitos instantes? Não que a tv seja toda uma arma do mal. O mal é o quanto ela é usada e para quê ela é usada.
Prum trabalho da faculdade semestre passado, fiz um cartazinho, com uma pseudo-campanha contra o abuso de tv. Bem que poderia repercutir. Essa era a idéia:
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