Assisti ontem à noite o documentário de Michael Moore Tiros em Columbine. Sempre achei que americano tinha umas idéias meio nóias, mas depois desse filme, realmente me assustei.
Mas o mais perturbador de tudo é que a sociedade brasileira anda tomando o mesmo rumo, logo logo o sonho de muitos brasileiros se concretizará: seremos iguais aos americanos, com muito menos dinheiro, mas com um nível de paranóia e violência tão absurdo quanto.
O ponto positivo do Brasil é que, ainda, nenhum deputado desmiolado resolveu votar alguma lei permitindo o livre porte de armas, tal como garante a Constituição Americana. E lá, ainda há boçais como Charlton Heston que defendem ferozmente o porte de armas, virando o rosto para as tragédias provocadas pelo uso descontrolado de munições, como o tiroteio e o massacre provocado por dois adolescentes no colégio de Columbine.
Muito engraçada, porém muito lúcida, a declaração do comediante Chris Rock, que aparece no documentário. Ele diz que o problema não é a venda de armas, e sim o preço das balas. Se cada bala custasse 5 000 dólares, o sujeito ia pensar muito bem antes de sair atirando. As balas usadas pelos adolescentes problemáticos de Columbine, que mataram 12 estudantes e feriram outras dezenas mais, foram compradas num supermercado da cidade.
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