3 de abril de 2004

Polícia Científica

Nem perguntei pra ninguém o que significava aqueles carros de polícia que vi nesta última quinta-feira na rodoviária de Bauru -- equipados com sirene e tudo -- com a inscrição "Polícia Científica" impressa na lataria, só pra ter o gosto de ficar imaginando quais seriam as funções dessa insuspeitada divisão de polícia. Algumas hipóteses sobre a ocupação da Polícia Científica passaram pela minha cabeça. Não acredito que alguma delas seja a verdade, mas achei todas muito divertidas:

- divisão responsável pelo patrulhamento dos pesquisadores universitários bolsistas estaduais e federais, a fim de verificar se tais indivíduos andam em dia com seus cronogramas de pesquisa e fazendo bom uso do dinheiro público que recebem;
- unidade encarregada em verificar a veracidade de resultados de pesquisas científicas divulgados em anais e publicações científicas;
- policiais intelectualmente capacitados para lidarem com o "crime do jaleco branco";
- unidade de polícia especialmente criada para investigar casos como o do Dr. Jekyll e Mr. Hyde;
- investigação de fraudes de pesquisa e roubo de equipamentos laboratoriais;
- setor da polícia responsável em manter a ordem e a paz entre os potencialmente perigosos egos colossais de indivíduos do meio acadêmico e científico, evitando assim, brigas e tumultos em congressos, em jornadas científicas e seminários;
- divisão da polícia encarregada de autuar infrações das leis de Newton, de Kepler, de Pogson, da termodinâmica, de Murphy...

Essas foram algumas das minhas improváveis conclusões. Caso alguém mais faça alguma idéia do que seja a tal Polícia Científica, sinta-se à vontade para dar seus pitacos.

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