2 de setembro de 2007

De sábado

Quando falta a fogueira e o céu estrelado do campo, mas a gente arranja um punhado de amigos e um violão e coloca tudo num apartamento encrustrado à floresta de pedra: São Paulo. Quando a gente não tem chá fresco nem fruta madura do pé, mas colhe umas pizzas e esparrama guardanapos pela casa: São Paulo. Quando a gente não tem o silêncio, mas o burburinho animado daqueles que a gente custa a encontrar entre as ruas emparedadas da cidade: São Paulo.

Uma roda de violão e vários discos de pizza, onde a cidade gira-gira não nos espera. São Paulo num sábado à noite.


cidade . city . cité

Poesia concreta: tensão de palavras-coisas no espaço-tempo.
Linda a exposição Poesia Concreta montada no Instituto Tomie Ohtake. Fez parte do meu sábado na cidade. Assombroso ver os desobramentos espaciais e temporais dos poemas da década de 1950-60. Palavras e caracteres que repousavam sobre planas folhas de papel foram transpostos para esculturas, formas tridimensionais e trabalhos audiovisuais muito bonitos. Vale a pena deslocar-se para ver. Vai até dia 16/set.

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