21 de novembro de 2010

"Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor"
livro dos Salmos 150.6


*foto do Flickr

Gosto dessa frase da Bíblia. Outras traduções trazem "todo ser que respira", "tudo o que tem vida", "todos os seres vivos". Tudo que traz a vida dentro de si, dê louvor. Independente do nosso conjunto de crenças, se seguimos ou não uma religião institucional, não importa. É bonito pensar nisso, que toda criatura, humana e não-humana, pode reverenciar ao Criador.

Pensei nisso hoje, enquanto subia lentamente a estrada que faz minha "ponte" entre Santos e São Paulo. A floresta que recobre a serra estava especialmente bonita, talvez pela claridade da tarde ou pela claridade dos meus olhos. Não sei ao certo.

Percebi o quanto que a natureza vibra, instintivamente, exalando o seu melhor. Ela não vacila, não faz corpo mole, não arranja desculpas, não floresce meia-flor, não dá meio-fruto, não pula primaveras, não se esquiva do outono. Ela simplesmente é. É inteira, enfrenta suas fases, perde suas folhas, atravessa o frio e, então, se renova.

Se é mais fácil ser árvore do que ser gente? Não faço a menor a ideia, só sei dizer do meu lado da história! Mas não importa. Como ser vivo, que tem fôlego, que respira, a natureza louva. Louva sendo árvore, sendo pássaro, sendo estrela-do-mar, sendo gente.

Somos originalmente tão unidos a tudo. E, infelizmente, estamos desconectados. Até quando vamos continuar como exploradores e ignorar a música de louvor que ressoa de outros pulmões?

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