Hoje, dia 25 de dezembro, esse blógue completa 8 aninhos de idade! Dizer se é coisa pouca ou coisa muita será sempre um parâmetro relativo. Pouco, perto da idade da proprietária, e talvez muito, perto da efemeridade das coisas da web. Um espaço de uso pessoal, inevitavelmente compartilhado e indiscutivelmente continuado justamente por esse motivo: por ser compartilhado.
Confesso que nunca nenhum diário meu, daqueles caderninhos fofos, com folhas cheirosas e cadeadinhos dourados, prosperou. E não prosperavam porque nunca teve graça escrever exclusivamente para mim. Várias vezes eu preenchia folhas e folhas dos meus diários, trocando cor das canetinhas, colando souvenirs e deformando-os com mil clipes de papel. Mas aí, chegava uma hora que eu precisava trocar uma ideia. Só as ganas de registrar a vida e os pensamentos não bastavam. Aí sobrava pra mãe, pras tias, pros amigos lerem os cadernos. Sim, eu fazia circular os meus diários.
Depois ficou mais fácil. Na versão digital do diário a coisa ficou muito menos constrangedora pros leitores: eu não preciso saber quem lê ou quem não lê, quem gosta ou quem não se interessa. Imagine minha pobre amiguinha tendo que devolver meu caderno cor-de-rosa e fingir alguma desculpa de que, sim, tinha lido e achado super interessante, ah é, inclusive daquela parte sobre a teoria das canetas bic e os guarda-chuvas.
E por isso sigo com este espaço, sem pretensão a mais do que tentar reconhecer alguma beleza ou ordem na bagunça dos dias, colocar em algumas palavras ou em imagens o turbilhão dos pensamentos, dividir as coisas que me põem mais à escuta da vida.
Rá tim bum!
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