29 de dezembro de 2002

O ano em que vivemos em perigo

O título é mesmo pra ser bem clichê, já que em se tratando de retrospectivas, o lugar-comum reina soberano. Minha memória é incrivelmente péssima, tendo a esquecer as coisas mais interessantes e recordar das mais triviais. Se nesse ano lembro de alguma coisa a mais que o normal, foi porque, com dura disciplina, passei a anotar os fatos de cada dia (essa era a intenção) num caderno. Nada no estilo "meu querido diário", mas algo mais próximo de um diário de bordo. Os resultados foram surpreendentes. Os livros, filmes, frases que achei interessantes, dessa vez não se desvaneceram nas dobras do tempo. Coisas que só a caneta bic faz para você (ou um palmtop, se você pertencer a elite detentora do capital do país).

Os melhores e os piores de 2002

-melhor filme: ria quem quiser, mas assisti pela primeira vez esse ano "O Monstro" com Roberto Benigni. Não sei se foi o melhor, mas foi o mais engraçado.
-melhor livro: "Crime e Castigo" de Dostoiévski, seguido por "A Falência Dos Deuses" de V. Ramachandra.
-melhor disco: "The Invisible Band" do Travis, seguido por "A Rush Of Blood To The Head" do Coldplay.
-melhor palestra: do Rafael Cardoso Denis, no congresso NDesign, sobre identidade do design brasileiro.
-melhor acamps: Curso de Férias da ABU em julho.
-melhor tombo (ou pior): da valente menina que resolve jogar basquete com uns grandalhões no acampamento Mackenzie. Cômicas foram as expressões preocupadas dos garotos. Meu joelho ficou roxo por meses.
-conversa mais interessante: com um professor-filósofo-jornalista-historiador que conheci num ônibus Bauru-São Paulo. O que um livro do Tolstói não faz pela gente...
-pessoa mais simpática: meu amigo cineasta Joe.
-melhor dia: meu aniversário.
-pior dia: qualquer um em que eu tomei CHUVA (pé d'água mesmo...)
-melhor óculos de sol: aquele que eu quebrei.
-pior aula: Projeto IV. Seis meses pra fazer um cartazinho e um outdoor?? Verdadeira perda de tempo.
-melhor show: do Ed Motta, no Sesc de Bauru, porque foi bom mesmo e porque foi o único que fui nesse ano...
-maior alívio: sentar quase chorando na cadeira do dentista, e depois descobrir que ainda dá para esperar mais um ano pra arrancar o dente do siso!

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