11 de fevereiro de 2003

Deus é brasileiro e torce pelo Santos



Hoje eu fui assistir o filme Deus é brasileiro. Não foi nem tanto pela vontade de ver o filme, mas o que colaborou significativamente para minha ida ao cinema foi o clima senegalesco que está aqui nessa cidade. A idéia de passar um frio na sala do Cinemark foi animadora.

Mas enfim, escolhi ver o Antonio Fagundes no papel do todo-poderoso. O filme tem uns momentos muito engraçados, o que acabou salvando a história meio mal-acabada. Isso tudo é opinião pessoal.

O que deu a entender que o Deus do filme foi alguém que criou o mundo, ficou cheio de orgulho e satisfação, ama a humanidade mas chega a ser impassivo ante os problemas desta, e não interfere de modo miraculosamente espetacular nem na vida das pessoas nem na História. E acha terrivelmente estressante o caráter "pidão" de suas criaturas humanas.

E andei reparando que anda em voga os personagens "matracas". Neste filme é o ator Wagner Moura, que interpreta o filho de um borracheiro, a quem Deus aparece. Este garoto acompanha o "Salvador Emanuel" na sua jornada pelo nordeste, a procura de um santo que o substitua em suas férias do trono divino. Durante a jornada, o moço fala sem parar, dando palpites sobre coisas que poderiam ser melhoradas na criação, sobre seus problemas e etc. Isso não lembra o burro do filme Shrek e aquele bicho marronzinho feio do Era do Gelo? E tudo começou com o grilo do Pinóquio.

E falando em cinema brasileiro, acabamos ficando por fora da concorrência da estatueta do homenzinho dourado. Nada de Cidade de Deus... que aliás, até hoje ainda não assisti. Mas hoje alguém ainda considera o Oscar como indicador de qualidade? Sempre achei que estava mais pra desfile de griffes famosas.

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