13 de fevereiro de 2003

Viajantes

Nada como fazer as malas num final de umas férias mais que prolongadas para me sentir fútil. Falando seriamente, acho que o fato de poder viver despreendidamente das coisas materiais é um dos bons motivos pelos quais algumas pessoas optam por se tornarem monges. Quando se tem o necessário, o básico de tudo, é que as coisas se descomplicam e pode-se, enfim, viver uma vida feliz e em paz.

Independente se você concorda comigo na validade espiritual da Bíblia ou não, tem uma coisa legal que o apóstolo Paulo fala: "pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos". Mas veja bem, se esse conselho fosse levado a sério, não haveria sequer faculdade de propaganda e marketing. Mas acho que até dava pra rolar um design assim mesmo, não?

Não adianta, mesmo depois de anos e anos de fazer e desfazer malas, o supérfluo - aquelas coisas que você leva mas não usa (mas insiste em levar, porque, vai que de repente, a gente precisa, não é?) - insiste em fazer parte da minha bagagem e sempre contribui para uma parcela considerável do peso.

Falando em viagens, uma das alegrias da tevê a cabo é poder assistir programas sobre viagens. Mas quem inventou que o nome do programa, do canal People+Arts, Mochileiros soava melhor que o antigo nome Planeta Solitário não sabe de nada. Até a musiquinha bacana do programa mudaram. Pelo menos o Ian Wright ainda aparece por lá. Aliás, isso é que é emprego dos sonhos. Trabalhando na equipe do Planeta Solitário, ops, quero dizer, Mochileiros, eu aceitava ser até carregadora de malas. Desde que eles não arrumassem-nas como eu arrumo as minhas.

Nenhum comentário: