18 de fevereiro de 2003

Uma cidade de açúcar

Bauru está mais para uma cidade construída com delicados flocos de algodão doce do que prum vigoroso sanduíche de rosbife com queijo, conforme o nome supostamente diz.

À simples, e tão natural, ocorrência de alguns dias de chuva, a cidade se instala num estado de calamidade pública.

Crateras hediondas surgem das profundezas do desconhecido à superfície das ruas. O asfalto da principal avenida, descola e aparece repousando, majestoso, sobre a grama do canteiro central. Terra, muita terra, por todos os lados. Até mesmo o tão prestigiado serviço telefônico, que sempre nos alegrava com ligações de sua central nas horas mais "convenientes", oferecendo o maravilhoso mundo da internet 24 horas, da caixa-postal que tudo posta e do identificador de chamadas que denuncia as chamadas non-gratas, calou-se. E calou quase todo o município. O que deve ter feito a alegria das operadoras de celulares.

Sempre tem alguém que se regozija na desgraça comum.

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