7 de março de 2003

De volta do bucólico carnavalesco



Pergunte-me sobre alguma coisa que aconteceu entre o dia 1 e 4 deste mês. Quem ganhou o desfile? Qual a mais recente idéia lesada do Bush? Como vai a economia do país? O que eu posso responder? Sei de nada.

Todo carnaval me auto-abduzo para algum lugar onde é impossível sequer desconfiar das batidas do samba-enredo. E não poderia deixar de ser diferente este ano.

Mas desta vez foi demais. Literalmente uma incursão ao mundo selvagem da fauna e da flora do centro-oeste paulista, com direito a dormir em barraca e enfrentar criaturas bisonhentas na calada da noite. Já dizia Luís Fernando Veríssimo: sempre que ouço alguém descrever, extasiado, as delícias de um acampamento - ah, dormir no chão, fazer fogos com gravetos e ir ao banheiro atrás do arbusto - me espanto um pouco mais com a veriedade humana.

Quanto a mim, espantei-me comigo mesma: foi um dos carnavais mais não-carnavalescos e divertidos que tive. Fora o samba, viva o Autan!

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