10 de março de 2003

Sessão pipoca na casa do chá



Junte uma república universitária, mais um vídeo cassete meia-boca, mais um saquinho de milho para pipoca, uma panela, sal e margarina, e mais um bando de pseudo-desocupados num sábado à noite e o resultado então será um tanto previsível.

O filme da vez foi o premiado de Robert Altman, Assassinato em Gosford Park. Nem é um lançamento tão rescém-lançado assim, mas foi o que o estado de espírito geral clamava: suspense, suspense! E diga lá que suspense, bem ao estilo Agatha Christie.

Em meio ao entontecedor burburinho dos numerosos personagens do filme - os ricos e nobres que desfrutam de um final de semana de festa e de caça na casa de um lorde inglês - as intrigas se revelam. Nós, do outro lado da tela, acabamos tomando conhecimento dos mexericos dos ilustres convivas através dos comentários indiscretos dos vários pajens, aias, cozinheiras, mordomos e criados da gigantesca casa.

Numa noite após o jantar, o anfitrião é assassinado na biblioteca. Então já começamos a tecer nossa lista mental de suspeitos, e notamos que são muitos os que não simpatizavam com o rechonchudo lorde.

O filme chega a ser bem arrastado em algumas partes e é, acredito que propositalmente e num clima muito especial e sofisticado, recheado de clichês. Mas que deu vontade de jogar Detetive depois do filme, deu.

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