13 de junho de 2003

Más lembranças

Um colega da minha classe pegou catapora essa semana. Imagine a situação: você traça seus planos, ganha a primeira etapa ao passar no vestibular, dedica-se com afinco aos memoráveis anos acadêmicos, já é um cidadão consciente e com bases culturais já alicerçadas (ao menos, espera-se que seja), e então, por uma falha no sistema (se estivéssemos inseridos em alguma espécie de Matrix), um vírus pueril instala-se no seu corpo e bolas de pus começam a pulular em toda extensão da sua pele.

A combinação dessas idéias é desconcertante.

Isso porque considero a catapora como uma das doenças mais irônicas. Considerada amena, coisa boba, não chega a matar nem causa danos permanentes - se bem tratada - mas provoca as mais indesejáveis e incômodas sensações, além de causar algumas marcas indeléveis na cútis.

Ninguém é obrigado a pegar catapora, ninguém merece. Assim como a varíola, deveria ser erradicada.

Peguei a dita cuja com 16 anos de idade. Também já não é lá idade pra pegar essas coisas. Mas e um ser universitário em final de semestre?

Definitivamente, ninguém merece.

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