2 de agosto de 2003

Um filme com lado A e lado B



O pique pra manter esse recinto em dia é o que está em falta, mas resolvi cessar com o lamento e a murmuração e espremer os miolos pra ver se sai alguma coisa proveitosa para alguém.

Falando em cinema: a última e derradeira semana de férias foi fechada com chave de ouro. A alegria que a minúscula salinha do Cine Arte Posto 4 trouxe para os espectadores santistas foi o divertidíssimo filme nacional Durval Discos.

Antes de assistir, alguém havia assoprado no meu ouvido que o filme era uma versão brasileira de "Alta Fidelidade", com John Cusack. Bem, a única semelhança possível, além do fato de serem dois filmes em película, têm atores, um diretor, enfim, tudo isso que os filmes têm em comum, é que o Durval, assim como o personagem de Cusack vendem discos. E pára por aí.

Durval Discos registra o fim de uma era, datado no ano de 1995 (que aparece na tela, por um grotesco erro de digitação, como 1885!!!), em que os LPs estão sendo substituídos pelos CDs. Mas a história é mais focalizada no microcosmos da casa de Durval. A nostalgia entra como pano de fundo.

Brilhante comentário feito pelo meu amigo Osmundo, é que, realmente, o filme, assim como um LP, tem dois lados: A e B. Fica a escolha do espectador sobre qual lado gosta mais. Porém toda trilha sonora, de A à B, merece aplausos.

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