20 de setembro de 2003

Discovery CHÁnnel apresenta:
As esquisitices do comportamento humano: por dentro da Antipatia


Dentre o vasto quadro de comportamentos humanos, a antipatia revela-se como uma das posturas mais polêmicas e dúbias. Pode levar o sujeito antipático a ser encarado como persona non grata ou até como uma sumidade oblíqua.

Alguns são declaradamente praticantes da antipatia. Tal postura pode evitar intrusões não desejadas na vida privada, como também acarretar outros tipos de problemas - principalmente em casos que dependam da boa vontade de outrem.

Há os que são antipáticos, porém sem intenção. A antipatia simplesmente emana e flui, independente do controle consciente do antipático em questão.

E, terceiro caso, têm aqueles que são antipáticos e não se apercebem - talvez, por causa de sua antipatia, ninguém ousou a avisá-los.

Na praxis, a antipatia pode ser um sentimento de ordem coletiva - tal pessoa é unanimemente considerada antipática, exemplo: João Gilberto - ou parcial/individual - um ou outro consideram o antipático como tal, exemplo: Jô Soares.

Mas, depois da breve explanação didática, o Hora do Chá gostaria de lançar um apelo em prol dos deficientes auditivos. Pois estes freqüentemente se enquadram na terceira categoria de antipáticos, pois sendo obrigados a ignorar as pessoas por não escutarem o suficientemente bem, acabam sendo tachados de elitistas, narizes empinados e arrogantes. Alguns podem, coincidentemente, se encaixar nos adjetivos citados, mas a maior parte passa bem longe.

Então, antes de tachar alguém como antipático, certifique-se de que a pessoa realmente ouviu o que você falou, ou se ela costuma fazer a típica "cara de paisagem" quando alguém fala com ela em tom baixo ou moderado. Mas se for descoberto que o sujeito em questão escuta normalmente, então tudo bem, ele pode ser mais um antipático na sua lista.

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