E começa a tocar aquela faixa do disco até gasta de tão conhecida. A canção chama-se Rotina e o compositor, pasmem, é nosso homônimo. Mas de tão acostumados à cadência da música, não mudamos de faixa nem pressionamos o stop. O cantiga fica lá, de fundo, e vai sincronizando sua toada aos nossos movimentos de autômatos.
O dia passou e ninguém lembrou de colocar outra música. Esqueceram o aparelho no repeat mas não houve incômodo. É bom assim, a cantilena torna os ambientes e as ocorrências familiares.
A noite chega, quando finalmente desligamos as caixas de som. Mas se interrompemos o fluxo da música é só para que possa ser revivida, ad infinitum, nos nossos sonhos.
E de manhã cedo quando a gente acorda...
...
Pode ser que o dia chegue quando seremos despertados por um desconcertante bonus track.
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