28 de setembro de 2006

De manhã cedo quando a gente acorda



E começa a tocar aquela faixa do disco até gasta de tão conhecida. A canção chama-se Rotina e o compositor, pasmem, é nosso homônimo. Mas de tão acostumados à cadência da música, não mudamos de faixa nem pressionamos o stop. O cantiga fica lá, de fundo, e vai sincronizando sua toada aos nossos movimentos de autômatos.

O dia passou e ninguém lembrou de colocar outra música. Esqueceram o aparelho no repeat mas não houve incômodo. É bom assim, a cantilena torna os ambientes e as ocorrências familiares.

A noite chega, quando finalmente desligamos as caixas de som. Mas se interrompemos o fluxo da música é só para que possa ser revivida, ad infinitum, nos nossos sonhos.

E de manhã cedo quando a gente acorda...


...


Pode ser que o dia chegue quando seremos despertados por um desconcertante bonus track.

Nenhum comentário: