25 de dezembro de 2002

A antropologia de Veríssimo

Não sei se acontece com frequência, mas percebi que há 2 domingos atrás saiu uma crônica repetida do Veríssimo no caderno de Cultura do Estadão (ó jovens mentes intelectuais e assíduos leitores da Folha de São Paulo que torcem o nariz só de ouvir "Estadão", lá não tem Lúcio Ribeiro, mas o suplemento cultural de domingo, na minha modesta opinião, dá de 10 na Ilustrada, abandonem os preconceitos).

A crônica era uma engraçada apologia às banalidades. Em tais tempos absurdos, nada mais invejável do que não estar nem aí.

Entre uma banalidade e outra, Veríssimo conta que um antropólogo descobriu que em algum período da história da existência humana, fomos dotados de um terceiro braço. É estranho, mas acho que ele tem mesmo razão, ainda mais citando provas irrefutáveis, como por exemplo, os chuveirinhos de mão, que exige habilidades contorcionistas para o uso, e os coquetéis, onde o sujeito tem de segurar a bebida, o canapé e ainda cumprimentar os convivas. Acho que ainda hoje seria um membro útil, como no caso do ônibus: com uma mão você pagaria o cobrador, a outra carregaria suas coisas e a outra se agarraria a alguma trave, evitando assim o incômodo de cair no colo de uma senhora gorda.

Caso você tenha mais idéias para o uso do nosso terceiro braço ancestral... (e não tiver mesmo mais nada pra fazer...) deixe seus achismos registrados.

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