3 de abril de 2003

Processos de colonização

Quem pregava o fim da História (vide Fukuyama), deve estar meio perdido ultimamente. Vislumbrava-se uma estabilização das engrenagens da História, um triunfo final das leis capitalistas. Faria-se um amassadinho e jogaria a dialética no lixo. Não, acho que essa teoria não vingou.

O que tenho visto é uma volta às lutas ancestrais por conquistas de novos territórios. Depois das especiarias, do ouro, do cultivo de cana-de-açúcar, chegou a vez de arrebatar o petróleo. "Saia daí, povo bárbaro iraquiano, que o óleo é da América!". Ah, ninguém disse isso. Eles querem é "libertar" o povo. Tá certo... Abram alas paras os xerifes do globo.

Desculpe, Hélio Schwartsman, mas vou colar um trechinho da sua coluna do jornal de hoje: Apesar de ser, como qualquer pessoa razoável, contrário a esta guerra particularmente estúpida, torcia para que o conflito, uma vez deflagrado, fosse o mais breve e o menos mortífero possível. (Na verdade, a insanidade de Bush e seus acólitos ao fazer esta guerra foi tamanha que eu preciso me policiar para não torcer para Saddam Hussein, um ditador brutal que certamente não vale uma lágrima).

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