9 de julho de 2004

Na náite santista

* E eu que achava que certos tipos eu só encontrava em Bauru. Aquela moçada fashion, óculos de armação de acetato, garotos de gorro, cavanhaque e um cigarro na mão, garotas de cabelos coloridos, cachecóis e um cigarro na mão. É um fenômeno típico das comunidades urbanas. Cada um querendo ser único, individual, exclusivo, idiossincrático até o osso, e, sem o saber, formando uma interminável malha de padrões repetitivos.

* Paula Lima no Sesc Santos. Estudante: R$ 5. Sujeito na porta me oferece R$ 25 pelo meu ingresso. Hum... um livro, um cd, uma pizza... Ter que ver tv em casa em vez de ouvir boa música ao vivo... Não, obrigada, certas coisas não têm preço.

* Você percebe que ficou muito tempo longe da sua cidade quando, entre centenas de rostos, nenhum lhe é familiar. Ou, numa hipótese mais extrema, pode ser que eu tenha desenvolvido uma prosopagnosia (incapacidade neurológica de reconhecer fisionomias) nos últimos anos e ainda não percebi.

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