23 de julho de 2005

A "Fábrica" revisitada



Como eterna criança que sou, fui junto com a molecadinha à matinê de sábado assistir a nova versão de Tim Burton do clássico A Fantástica Fábrica de Chocolate. Decididamente comecei tirando o bilhete premiado, pois conseguimos os dois últimos ingressos da sessão.

Eu já estava pronta pra disparar um daqueles comentários saudosistas "não chega aos pés da versão original" ou "é só um monte de efeitos especiais em cima de uma história já muito bem contada". Mas não, dessa vez tranquei meu lado resmungão e escondi a chave. Assisti, me diverti, dei risadas e saí do cinema diretamente para a sorveteria mais próxima.

O que contribuiu para que a nova versão ficasse tão boa e com novas sacadas tão bacanas, certamente foi a direção de Burton. Ele conseguiu tornar alguns aspectos sombrios que já haviam sido esboçados de leve no primeiro filme, ainda mais evidentes neste. A história de Charlie Bucket e sua família ganhou desdobramentos. E agora o sr. Willy também recebeu um passado, o que não havia sido revelado na versão interpretada por Gene Wilder. Wilder é genial, mas Johnny Deep é ainda uma versão excêntrica, porém bem diferente do primeiro Wonka, menos melancólico e mais esquisito (me lembrou um pouco Michael Jackson e seu lunático refúgio Neverland, estranho, não?).

Aliás, outras coisas estranhas também se insinuam no filme. O sr. Wonka apresenta-se mais, hum, efeminado. Seus oompaloompas hindus também são mais bizarros. Bem, em se tratando de uma reformulação de Tim Burton, era de se esperar um gostinho mais exótico ao mundo de chocolates de Willy Wonka.

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